Gilberto Gil é um dos maiores seres humanos da
história do Brasil. Sua enorme contribuição para as artes brasileiras e para a
cultura de nosso país é impossível de ser esquecida, e Gil até hoje mantém sua
carreira ativa, fazendo shows e dialogando com as questões políticas e
culturais que aparecem no nosso país.
Nessa semana [18/02/2020], , o cantor e compositor
participou de um programa da GNT, o ‘Segunda Verão’. Questionado sobre sua
religiosidade, a voz de ‘Andar com fé’ abriu seus pensamentos sobre a religião
e sobre Deus e afirmou que, para ele, isso se trata de uma invenção humana.
“Ninguém sabe quais são os desígnios de Deus,
porque ele quer que seja assim ou porque ele quer que seja assado. Eu costumo
dizer que nós é que criamos isso; Deus é uma invenção do homem. A crença geral
é que é o oposto, que o homem é que foi criado por Deus”, afirmou.
Ao longo de sua discografia, Gil sempre abordou
temas religiosos em suas composições. É natural também observar influência da
musicalidade de religiões de matriz africanas no Samba, e, por consequência na
música de Gil e tantos outros da MPB. Porém isso não significa que o ícone da
Bahia se mantenha em uma religião específica.
“A religião no modo geral, a crença não só em uma
transcendência, de uma possível vida depois desta, mas também à regência feita
por essa instância superior, normatizando procedimentos e comportamentos, é uma
coisa que as religiões adotam e isso acaba, na maioria dos casos, levando as
pessoas a uma adoção de uma maneira de ser relativa àqueles preceitos e
mandamentos de Deus.”, continuou.
“Mas, por um respeito cultural, um respeito cívico
e resíduo natural, continuo dizendo ‘Graças a Deus’ e ‘Deus lhe proteja’ para
as pessoas. Eu gosto de todos aqueles que têm fé, que acreditam e que estão
ligados a religiões que, em sua maioria, têm relações com o bem fazer e o bem
querer. Eu gosto da bondade e defendo. Até brigo por ela”,completou.